Menu de navegação+

Cultura Viva

Posted on 29/6/13

Quem vive a cultura, quem faz nela sua vida, quem dá vida à cultura, sabe que ela é, e só pode ser, um processo em constante transformação. A cultura, nessa perspectiva, é viva. Cultura não se resgata, ela está sempre em revitalização. Trata-se de ver e escutar as coisas em suas relações, em seu movimento, pois a cultura é nômade, incessante saída em direção a viver bem. Cultura que se distribui cotidianamente no território e nas pessoas. Quem produz (n)a terra, produz cultura viva.

A cultura viva não é um bloco de pedra que possa ser simplesmente esculpido ou por outro bloco substituído. Nesse sentido, não há quem possa ser “aculturado”. A cultura viva também não é a junção de diversos fragmentos de pedras diferentes que unidas formam um novo bloco, de muitas faces. A cultura viva quebra as barragens que represam o movimento perene de transformação e reorganização da vida.

A cultura viva é planta que cresce na vida das pessoas: se for cortada, nasce de novo, como a bananeira, diferente mas com as mesmas bases. Assim é a cultura dos Tupinambá de Olivença. Cultura que nunca morre e que nunca foi extinta. Ela está onde sempre esteve: na vida das pessoas e na terra. Num determinado momento foi necessário negar a própria origem para sobreviver, mas hoje a busca por se valorizar se fortalece cada vez mais. Os Tupinambá não são, desejam e nem podem ser uma “cópia fiel” dos Tupinambá do passado. Sua força e originalidade se encontram na questão: o que faz um Tupinambá aqui e agora?

Como o Tupinambá de Olivença pode ser igual ao do passado se o mundo mudou?

 

 

 

 

Algumas Relações

Somos Tupinambá Resistência – “Jeitinho Brasileiro” Sustentabilidades Separação Natureza-CulturaPlano de Morte Fronteiras Imaginárias Culturais