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Autonomia

Posted on 29/6/13

 

Quem passar um tempo, mesmo que seja pouco, entre os Tupinambá logo escutará a palavra: autonomia. O cotidiano dos guerreiros e guerreiras Tupinambá torna, o que para muitos é apenas uma ideia ou um sonho, em uma prática extremamente presente e difundida em toda a terra indígena. A luta por colocar em movimento uma alternativa às maneiras de produzir e de se reproduzir dos senhores das propriedades privadas é instigada e conduzida através da valorização de si mesmos, e de uma vontade e sentimento coletivos de criar, organizar e se beneficiar do trabalho de maneira que este seja inseparável das suas práticas e de sua cultura, ou seja, da produção e reprodução da vida.

Da mesma maneira, a relação com o Estado é sempre permeada com a perspectiva de que ocupar o governo e se relacionar com as políticas públicas é importante. Contudo, esta ocupação e estas relações não podem se dar com base numa hierarquia e de forma verticalizada, há uma busca constante dos Tupinambá em não ficarem restritos ao Estado, quer dizer, dependentes de políticas públicas e também subordinados as determinações impostas de fora para dentro. Não se trata somente de não ser empregado, seja dos fazendeiros, seja do Estado, trata-se principalmente de não ter patrões, assim como não se trata também, somente, de não ter mais propriedades e sim de viver em comum, sem terras medidas, cercas e uma produção voltada para o lucro que necessariamente gera a destruição da natureza-cultura Tupinambá. A autonomia dos indígenas se materializa no trabalho cotidiano de cuidar e organizar a si mesmos, o trabalho e as relações de valorização deste. O trabalho, entre os Tupinambá, não pode ser entendido somente como o terreno do econômico, e sim uma busca por viver bem em todas as suas dimensões: produção e manifestação da vida na terra.

A diferença aqui na aldeia é que aqui a gente trabalha pra gente mesmo.

 
 

 

 

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